Domingo de manhã.

"O que o Sr. é dela?". Filho. "É a terceira vez que ela dá entrada na emergência hospitalar em um mês. A cada vez, são novos exames, todos os procedimentos". Esse pensamento é de Hospital privado, é de plano de saúde. O médico falava, eu ouvia. Ele percebeu que agora seria minha vez de falar. "Fique tranquilo, sua mãe será internada". Naquele domingo, 09/07, eu me despedi dela. Esse é o problema de exercer a Medicina como comércio, a última instância é o lucro. Não, isso não é idealismo. A mão-de-obra médica é cara; forças de mercado tendem a substituir profissionais mais caros por menos qualificados ganhando menos. "Estamos protegendo os Senhores dos Senhores mesmos".