sábado, 23 de dezembro de 2023
Eu sei, isso também me incomofa; mas deixe passar.
Esse pensamento de que, havendo um delito tem que haver expiação, e agindo como esse agente expiatório imediato. 6 da tarde, eles se sentam no banco da praça e acendem uma bomba. Armandinho, "Folha de bananeira". Eu fazia tudo certo, e olha minha vida o que é. Esses carinhas podem se encaminhar, às vezes quando ele tiver a casa dele, a mina dele. Essa esquerda ensinou isso para ele, a ocupar os lugares públicos desse modo e conflitar com as pessoas. Legião Urbana, "O descobrimento do Brasil". Muitos dessem carinhas crescem largados. Eu estive em um bairro de periferia por esses dias e me assustei com o que vi. É dificil conversar, eles vêem você como um elemento estranho àquele lugar, é tudo muito fechado no local. Um pneu furado. Estepe furado. 13 min de caminhada até a borracharia; coloco o pneu no carrinho e vou levando. "Ai, porque você não chama o socorro?". Porque isso custa. "Por que não chama um Uber?". Primeiro que não uso Uber; segundo que isso custa. O pessoal tem uma cultura própria, e essa cultura própria irá determinar muita coisa na vida dele, mas isso é escolha dele. Caramba, o cara tem a borracharia dele, o predio é dele, a casa do lado é dele. Ele anda de carro bom, esse é o trabalho dele. Há caras que ainda respeitam quem chega com respeito na quebrada dele. Aí umas minas olham pra você; começam os problemas. Você é só o homem dos sonhos de uma mina dessas. Raimundos, "Me lambe". Eu sei, estou no território deles; nem contrariedade eu manifesto mais. O pessoal acendendo um na Praça; a PM vai passar, vai parar, vai abordar, vai chamar sua mãe na Delegacia, e você pode passar sem isso. Os caras têm uma cultura própria, não pensam fora disso, não sabem viver fora disso. É onde eu poderia conversar e nem converso.
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