Na China antiga contava-se uma fábula intitulada “Como Yukong Removeu as Montanhas”. Nessa fábula dizia-se que, em tempos que já lá vão, vivia na China Setentrional um velho chamado Yukong das Montanhas do Norte. Frente à sua casa, havia, no lado sul, duas grandes montanhas, Taiham e Van-vu, que lhe impediam a passagem. Dirigindo os seus filhos, Yukong decidiu-se a arrasar tais montanhas, a golpes de picareta. Vendo-os nesse trabalho, um outro velho, Tchi-sou, desatou a rir e disse-lhes:
“Que tolice! sozinhos, vocês nunca conseguirão arrasar essas duas montanhas!”,
ao que Yukong respondeu:
“Quando eu morrer, ficarão os meus filhos; quando por sua vez eles morrerem, ficarão os meus netos, e assim se sucederão, infinitamente, as gerações. Quanto a estas duas montanhas, são muito altas mas já não podem crescer e, a cada golpe de picareta, tornam-se cada vez mais pequenas. Por que razão pois não acabaremos por arrasá-las?”
Refutados os pontos de vista errados de Tchi-sou, Yukong continuou, inabalável, a escavar dia após dia, o que comoveu os Céus que enviaram então dois anjos à Terra, para que carregassem às costas as duas montanhas. Hoje, há também duas grandes montanhas que pesam sobre o povo chinês: uma é o imperialismo e a outra, o feudalismo.
Pela Tradição dos Uigures, "O Imperialismo e o Feudalismo são inimigos".
O mérito de Mao Tsé-Tung foi não ter passado a régua e começado tudo do zero, mantendo a Sabedoria chinesa.
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