quarta-feira, 4 de maio de 2022
Antes de ele morrer, a vida dele entrou na última hora sem que ele soubesse.
Ele contava com a certeza da longevidade. Onde, no mapa do caminho deveria haver uma estrada, havia um muro. Onde deveria haver uma ponte larga, havia uma pinguela onde só passavam os pneus. Onde a escolha era trocar os pneus do veículo, ele escolheu viajar com o veículo sem trocar os pneumáticos. Um buraco, e a pressão saiu por onde encontrou menor resistência. Perda total de dirigibilidade, capotamento, colisão. De quem é a culpa? Marília Mendonça, "De quem é a culpa?". A undécima hora da vida.
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