Um cara legal para ler; mas leia com uma certa reserva.
"'Naquele dia eu andei cerca de 20 km, mas com a certeza de que mais um imóvel havia sido captado e garantido o meu dia…'
Essa citação acima, é um depoimento de um corretor de imóveis do interior do Paraná, que durante muitos anos foi o captador da imobiliária onde trabalhava.
Seu nome é Antônio e em dois dias da semana a pauta dele era focada em captar imóveis. Às terças e quintas-feiras.
Nestes dias, ele acordava cedo, às 06h30, tomava rápido o seu café, se despedia da esposa, deixava o filho na escola e saia para encontrar novos imóveis para a imobiliária em que trabalhava.
Ele deixava o carro na imobiliária e ia a pé mesmo, pois a cidade era pequena e já aproveitava para caminhar, pois é 'de passo em passo que se chega longe', dizia ele.
No começo ele teve muito sucesso. Conhecia as regiões mais procuradas e os perfis de imóveis. Falava com alguém aqui, outro ali e chegava no proprietário para poder conversar e fazer sua proposta.
Com o passar dos anos, a cidade foi crescendo, gente de fora chegando e a dificuldade de fechar contrato com novos proprietários foi aumentando.
De repente, ele não conseguia mais encontrar novos imóveis para a imobiliária e o pior poderia acontecer. O dono da imobiliária aumentou as cobranças sobre o seu trabalho e deu um ultimato: 'ou você consegue ao menos um imóvel hoje ou teremos que te dispensar'
Eu entendo o lado da imobiliária. Era tempo e dinheiro investidos em algo sem retorno. E compreendo que o Antônio estava se esforçando, mas isso não o ajudava a conseguir os resultados esperados.
Naquele dia ele saiu especialmente obstinado a conseguir o imóvel esperado. Era um dos dias mais quentes do ano, com sol forte. Ele andou e conversou com muitas pessoas.
Por conta do calor, suou muito, estava se sentindo desidratado. Ele já havia andado 20km e nada de conseguir o tão esperado imóvel.
Até que parou em frente a uma casa para pedir um copo d’água. Mal ele esperava que ali estava o seu momento de redenção. Ao conversar com a dona da casa, ele falou que trabalhava em uma imobiliária e estava em busca de imóveis para “colocar para alugar” por lá.
Ela comentou com ele que o esposo trabalhava fazendo casas e tinha um sobrado para alugar que estava pensando em deixar aos cuidados de uma imobiliária. E deu certo.
Naquele dia, ele pôde chegar com tranquilidade no seu trabalho. Depois disso, decidiu sair do setor de captação. Primeiro porque não estava conseguindo bons resultados e não recebia mais por isso.
Casos como o do Antônio acontecem todos os dias. Primeiro, porque as imobiliárias não tem departamento especializados em captação, não sabem como gerir esses profissionais ou não tem tecnologia para fazer isso de forma diferente.
Com os recursos e tecnologia que temos hoje, o Antônio não precisaria andar 20km no sol, ou passar pelo susto que passou para conseguir um bom imóvel.".
Rodrigo Eerneck. Você entendeu que não é caçador-coletor e que não tem que voltar para o caciaue da tribo com a presa ou ser espancado. Agora você é o cacique da sua vida, assumiu a presidência da sua vida e começará lutando uma guerra. Pare de pensar como eles te pensam e faça do seu modo. Frank Sinatra, "My way".
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